O italiano Guglielmo Marconi é considerado o inventor do rádio, mas a história poderia ter tomado rumos diferentes. No Brasil, um padre chamado Roberto Landell de Moura fez suas primeiras experiências de radiodifusão em 1892, três anos antes de Marconi. Usando uma válvula amplificadora com três eletrôdos de sua invenção, ele foi o pioneiro a transmitir e receber a palavra humana através do espaço e a grandes distâncias, sem a utilização de fios. Tal experiência deu ao padre Landell fama de louco, bruxo, herege e ainda resultou na invasão de sua casa e a destruição completa de seus inventos.
Landell não se deixou abater e recomeçou. Em 1902, foi embora do Brasil para Nova York, e lá aperfeiçoou seus conhecimentos. Suas descobertas foram consideradas tão revolucionárias que para obter as patentes de suas invenções como o transmissor de ondas, o telefone e o telégrafo sem fio, Pe. Landell teve que fazer um modelo de cada uma delas para demonstração. De volta ao Brasil em 1905, ele pretendia doar seus inventos para o governo brasileiro, e mais uma vez foi desacreditado e chamado de louco. Eis aí a injustiça feita a esse brasileiro que tanto lutou pelas suas idéias e que poderia ter dado ao Brasil o orgulho de ser “a pátria mãe do rádio”.
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