O Jornal do Brasil foi fundado em 9 de abril de 1891 por Rodolfo Santana no Rio de Janeiro, e se mostrou ao lado do povo nas pequenas lutas populares. Esta postura o fez ganhar dinâmica própria e transformou o periódico num espaço privilegiado para a divulgação, junto à classe média urbana, de valores, imagens e elementos da cultura popular do Rio de Janeiro, que seriam posteriormente absorvidos em novas visões hegemônicas da cultura e da identidade brasileiras. Desta forma, o Jornal do Brasil contribuiu para a formação de uma geração de intelectuais, profissionais e simpatizantes das manifestações culturais populares.
Apesar da postura populista, o Jornal do Brasil mantinha um espírito monarquista. Os noticiários sobre monarquias estrangeiras eram constantes, mas também curiosidades do gênero “as rainhas enfermeiras”, sobre mulheres que cuidaram de reis doentes, em 28 de setembro de 1902).
Portanto, a linha editorial de reverência à cultura, o populismo e o monarquismo preparou o futuro da cultura brasileira, ajudando a formar as bases de uma ideologia nacional e popular predominante.
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