Do científico ao religioso.


Segunda rádio do Nordeste e primeira da Bahia, a Rádio Sociedade da Bahia foi inaugurada no dia 24 de março de 1924, com inauguração oficial no dia 10 de abril do mesmo ano. A "Sociedade" inicialmente teve sua programação composta por música erudita, conferências, poesias e algumas notícias comentadas, tudo isso sempre num campo científico.

Na década de 30, a rádio deixa de ser uma sociedade e passa a ser controlada pelo empresário Armando Correio da Rocha. A nova direção estabelece novos rumos, com ênfase na programação popular e no entretenimento, mas sem abrir mão totalmente do erudito.

Na década de 40, a rádio é novamente comprada por um empresário, Assis Chateubriand. Com Chateubriand, os programas de auditórios passam a ter lugar na "Rádio Sociedade". Porém, a inauguração de rádios como a Excelsior e a Cultura, faz com que ela perca audiência. Entretanto,os novos programas, como radionovelas e festivais de música, permitem à rádio alcançar a liderança, contando com a ajuda de um juazeirense chamado João Gilberto.

Na década de 50 e 60, a rádio aumenta sua potência de transmissão e entra no ramo de televisão, com a criação da TV Itapoan. No final dos anos 60, Assis Chateubriand, por não ter mais condições de comandar, passa a direção para os profissionais mais destacados.

Na década de 70 e 80, a cúpula passa por diversas mudanças e a rádio entra em crise e é vendida, refletindo a crise que atingiu os Diários Associados. Passa, então, a integrar o Sistema Nordeste de Comunicação, que tem como líder o empresário e político Pedro Irujo.

Nos anos 90, é mais uma vez comprada. Desta vez, pela Igreja Universal do Reino de Deus. A programação manteve o caráter comercial, de perfil eclético, mas a respeito de religião e ações filantrópicas, é a IURD que acaba sendo lembrada com destaque.


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